Ode ao vício

Dois lábios que se selam à volta de um cilindro de esponja e aspiram. A boca que se abre para empurrar o fumo áspero em direção aos pulmões. O instante de suspensão que aprisiona a nuvem de químicos encostada aos alvéolos. A exalação lenta onde o prazer da dependência é mais óbvio.

Arrebatar prazer daquilo que nos mata. Uma das lições maiores da vida. Porque não fazemos outra coisa desde que nos trazem ao mundo senão morrer a cada instante.

Rafael Guajardo, Pexels

Publicado por M.

Uma mulher. Um corpo, uma mente, um coração, uma alma. Dura, carinhosa. Desconfiada, crente. Chorosa, sorridente. Uma mulher, todos os mundos.

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