Dois lábios que se selam à volta de um cilindro de esponja e aspiram. A boca que se abre para empurrar o fumo áspero em direção aos pulmões. O instante de suspensão que aprisiona a nuvem de químicos encostada aos alvéolos. A exalação lenta onde o prazer da dependência é mais óbvio.
Arrebatar prazer daquilo que nos mata. Uma das lições maiores da vida. Porque não fazemos outra coisa desde que nos trazem ao mundo senão morrer a cada instante.
